SÃO PAULO – O Brasil é o país mais violento do mundo para ambientalistas. A conclusão é do relatório anual On Dangerous Ground, da organização não governamental (ONG) Global Witness, divulgado na segunda quinzena de junho. Segundo o levantamento, 50 ambientalistas foram mortos no País em 2015, o que coloca o Brasil no topo do ranking de nações mais perigosos para profissionais da área.
O relatório também mostra que o ano de 2015 registrou alta de 59% no número de ambientalistas mortos em todo o mundo frente a 2014, totalizando 185 vítimas distribuídas por 16 países (leia quadro abaixo). É a maior alta, em um ano, desde que o registro começou a ser feito pela Global Witness, em 2002. Nesses 14 anos, 1176 ambientalistas foram mortos.
Além de registrar as mortes no setor, o levantamento faz 28 recomendações a governos, agências internacionais de monitoramento de questões relativas aos direitos humanos, e empresas e investidores que trabalham em setores que esbarram em questões ambientais. O cuidado com o pleito dos índios tem tratamento especial, já que 40% de todos ambientalistas mortos em 2015 tem origem indígena.
Com as recomendações, a ideia é evitar novos ataques e estimular a apuração da violência contra ambientalistas que já aconteceu. Entre os parceiros dos esforços para coibir esse tipo de violência estão a Organização das Nações Unidas (ONU) a União Europeia (UE) e a Associação de Nações do Sudeste Asiático, entre outros.
Leia a íntegra (em inglês) do relatório On Dangerous Ground, da Global Witness.