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SÃO PAULO – O povo brasileiro é o mais preocupado do mundo com as possíveis consequências das mudanças climáticas. E entre essas possíveis consequências, a seca é a mais temida, seguida das enchentes e tempestades, das ondas de calor e, finalmente, da alta nos níveis dos oceanos. As informações são de um levantamento feito pelo Pew Research Center em 40 países durante o ano de 2015. A pesquisa mostrou ainda que 54% dos que foram ouvidos consideram as mudanças climáticas um problema “muito sério”, 51% acham que as mudanças climáticas já têm impacto negativo sobre a vida das pessoas e 67% creem que elas forçarão importantes mudanças no estilo de vida das pessoas.

No Brasil, 86% dos entrevistados concordaram com a afirmação de que as mudanças climáticas são um problema “muito sério” – contra média mundial de 54%. Trata-se do índice mais alto entre os 40 países pesquisados. No País, 90% dos entrevistados também concordaram que as mudanças climáticas já têm impacto negativo sobre a vida das pessoas – contra uma média mundial de 51% – e outros 78% se disseram preocupados com os impactos diretos das mudanças climáticas em suas vidas – contra uma média mundial de 40%. O Brasil também é o País que mais teme as secas como consequência negativa das mudanças climáticas – o fenômeno foi identificado como o que mais assusta por 78% dos entrevistados – contra média mundial de 44%.

A América Latina merece destaque especial por registrar índices de percepção negativa igualmente acima da média mundial. Na região, por exemplo, 74% dos entrevistados concordaram com a afirmação de que as mudanças climáticas são um problema “muito sério” (média mundial em 54%); 77% disseram que as mudanças climáticas já têm impacto negativo sobre a vida das pessoas (média mundial em 51%) e 63% se disseram “muito preocupados” com os impactos diretos das mudanças climáticas em suas vidas – contra média mundial de 40%. No outro extremo, Russos, Ucranianos, Poloneses, Americanos e Chineses são os menos preocupados com questões relativas às mudanças climáticas.

Felizmente, 78% de todos os entrevistados concordaram que, no esforço para diminuir os efeitos negativos das mudanças climáticas, seus respectivos países precisavam assinar algum tipo de acordo internacional para limitar a emissão de gases de efeito estufa e 67% acreditam que é preciso mudar hábitos pessoais para reduzir os efeitos das mudanças climáticas.

Confira outros destaques.

 

Leia a pesquisa “Concern about Climate Change and Its Consequences”, Spring 2015 Global Attitudes Survey, do Pew Research Center (em inglês).