SÃO PAULO – Em setembro de 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser implantados por todos os países do mundo até 2030. A ideia é criar uma agenda que ajude as nações a desenvolverem iniciativas para reduzir a pobreza, impulsionar a prosperidade e o bem-estar dos cidadãos e proteger o meio ambiente.
Baseado nessas metas, foi desenvolvido um ranking que mede o desempenho de cada país até agora. O documento foi feito pela Fundação Bertelsmann Stiftung, na Alemanha, em parceria com a Rede SDSN global (Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável) e conta com análises de 77 indicadores sobre 149 países.
Melhores práticas
Suécia, Dinamarca e Noruega estão no topo do ranking, todas com pontuação acima de 80. Isso significa que a fundação considera que esses países cumprindo mais de 80% do seu melhor resultado possível. Separamos alguns fatos curiosos sobre as líderes do estudo.
Suécia: a campeã é referência máxima quando o assunto é reciclagem. Apenas 1% do lixo produzido pela população vai para lixões. Os outros 99% são reciclados, reutilizados ou, em último caso, incinerado para produção de energia. Por lei, todo mundo faz coleta seletiva e as empresas são obrigadas a recolher resíduos dos seus produtos. Dois milhões de toneladas de lixo viram energia a cada ano, o que evita o consumo de 670 mil toneladas de petróleo e outros combustíveis fósseis.
Dinamarca: o país luta contra o desperdício de alimentos como nenhum outro. As iniciativas são inúmeras: há incentivo financeiro do governo a projetos que defendam a causa, supermercados fazem suas próprias campanhas para reaproveitar alimentos e tem até um aplicativo que mostra estabelecimentos prestes a fechar, caso alguém queira ficar com as sobras.
Noruega: dono do título de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo, o país investe pesado em energia renovável. Até 2020, terá o maior parque eólico terrestre da Europa. A capital, Olso, tem iluminação inteligente que ajusta a instabilidade de acordo com as condições meteorológicas e de tráfego. A educação também é levada a sério, sendo a maior parte do sistema gratuito, inclusive para estrangeiros.
Confira o ranking completo:
1. Suécia
2. Dinamarca
3. Noruega
4. Finlândia
5. Suíça
6. Alemanha
7. Áustria
8. Holanda
9. Islândia
10. Reino Unido
11. França
12. Bélgica
13. Canadá
14. Irlanda
15. República Tcheca
16. Luxemburgo
17. Eslovênia
18. Japão
19. Singapura
20. Austrália
E o Brasil?
O país ocupa a 52ª posição no ranking, com uma pontuação de 64,4. De acordo com o estudo, se quiser melhorar, o Brasil precisa avançar no combate à desigualdade social e violência – um dos rankings, de “segurança ao andar à noite”, o país está entre os 10 piores, com 39.5 pontos. O mesmo vale para avaliação sobre corrupção. Por outro lado, há uma boa colocação na erradicação da pobreza e acesso à energia limpa.
Veja aqui o estudo completo, que inclui todos os rankings do estudo, ou a versão simplificada.