SÃO PAULO – Os números sobre o saneamento básico no Brasil são mesmo de impressionar. O artigo “Brasil Medieval”, publicado nesta sexta-feira (9) no jornal o Estado de São Paulo, pelo presidente do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), João Paulo Capobianco, relata o tamanho do problema no Brasil e a necessidade de um debate sobre os custos do saneamento e o destino de recursos arrecadados da sociedade.
O autor utiliza o exemplo da cidade de São Paulo para dar a dimensão das consequências da falta de tratamento de esgoto no País. Segundo dados do Ministério das Cidades, a capital paulista lança, todos os dias, 450 milhões de litros de esgoto sem qualquer tratamento.
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Capobianco calcula que se houvesse uma decisão de remover esse poluente da cidade, em caminhões-pipa, seria necessário contratar, todos os dias, 45 mil com capacidade de 10 mil litros cada. Algo improvável e que ilustra bem os problemas de um sistema que não atende a todos, visto que juntos, os caminhões formariam uma fila de 540 quilômetros, quase a distância entre São Paulo e Belo Horizonte.
Vale a pena ler o artigo inteiro. O texto foi publicado dias após um amplo debate, realizado em São Paulo, pelo IDS, sobre a tarifa de saneamento. No evento, especialistas como Fernando Santos Reis, Marussia Whately, Ana Lúcia Britto,José Bonifácio de Souza Amaral Filho e João Paulo Capobianco defenderam que o saneamento precisa ser discutido com a sociedade.