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Briga à vista: a questão do reúso em San Diego

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SÃO PAULO – Uma clássica briga de vizinhos está gerando debates interessantes sobre transformar esgoto em água potável nos Estados Unidos. Tudo começou quando autoridades da cidade americana de San Diego anunciaram o plano de fazer reúso das águas de esgoto nos próximos 10 anos. Porém cidades vizinhas estão cautelosas com a decisão.

O problema é que as cidades vizinhas usam os serviços de esgoto prestado por San Diego, e essas cidades-clientes estão preocupadas se vão conseguir bancar o aumento de custos por causa das melhorias em infraestrutura.

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A iniciativa de San Diego busca produzir 113 milhões de litros por dia de água reciclada até 2022. A primeira fase do projeto, por cidade, “é composta de quatro projetos que entregarão 113 milhões de litros por dia de água purificada ao reservatório de Miramar. Uma vez no reservatório, a água purificada se misturará com as fontes de água importadas e locais da cidade antes que sejam tratadas novamente na Usina de Tratamento de Água de Bebida Miramar e distribuída ao público “, diz texto do projeto.

Já as cidades vizinhas defendem uma versão menos ambiciosa do projeto, que produziria metade da quantidade de água por dia. Coube ao prefeito de Lemon Grove, Jerry Jones, descrever o problema de uma forma muito clara: “Não se trata de saber se o projeto vale ou não. A questão é: quem paga por isso”.

Originalmente, o plano de San Diego era bem menos ambicioso, mas a seca que assolou a Califórnia nos últimos anos fez com que ampliem o projeto, afirmam autoridades.

O jornal San Diego Voice fez uma análise interessante do imbróglio. Segundo ele, “San Diego justifica sua determinação em expandir a primeira fase do projeto de uma forma forma estranha. Por causa da seca, as pessoas estão usando menos água, o que significa que há menos águas residuais no sistema de esgoto. Portanto, não há esgoto suficiente em um lugar para reciclar em 15 milhões de galões de água potável”.

De fato é uma pinimba para se acompanhar nos próximos anos.

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