Aliança pela Água divulga três estudos inéditos

SÃO PAULO – A Aliança pela Água, articulação da sociedade civil que reúne organizações não-governamentais e movimentos sociais dedicados à construção de uma nova cultura de cuidado com a água lança, na quarta-feira (19), três publicações inéditas sobre o tema. Os documentos, intitulados “Governança da água potável”, “O Município e a governança da água: Subsídios para a agenda municipal de cuidado com a água” e “Política Tarifária de água e esgotos” foram elaborados durante o ano de 2016 pela própria Aliança em parceria com o IDS (Instituto Democracia de Sustentabilidade) e com a professora Estela Maria S. C. Neves, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Na primeira parte do evento, as atribuições e responsabilidades das diferentes instâncias de poder que devem zelar pela boa gestão e a distribuição dos recursos hídricos serão discutidas. Na esteira das recentes crises hídricas, fica clara a necessidade de um mapeamento dessa natureza. Com ele, será mais fácil cobrar e fiscalizar quem tem autonomia para definir políticas e estratégias no setor. “Os impactos das crises hídricas são diversos, sendo a escassez de água para consumo humano em áreas urbanas e rurais o mais perverso deles”, afirma Marussia Whately, coordenadora da Aliança pela Água. “Na grande maioria dos casos (esta escassez) é resultado de gestão equivocada e governança ineficiente”, diz. Saber quem cobrar para uma gestão mais acertada é metade do caminho.

Na segunda parte do evento, a discussão em torno da tarifa de água será o assunto e virá à reboque da publicação “Tarifa de água e esgoto: o que está por trás do valor que pagamos”, fruto de uma parceria entre a Aliança pela Água e o IDS. Embora o foco do documento seja a tarifa aplicada pela Sabesp na Região Metropolitana de São Paulo, suas conclusões e esclarecimentos levam em conta outras experiências nacionais e internacionais arroladas para dar subsídios à discussão esclarecida sobre melhorias na área.

“A conta que o cidadão paga mensalmente é o elo mais direto entre a sociedade e suas águas. Portanto, falar de tarifa, além de se tratar de um assunto que impacta o bolso das pessoas, é uma possibilidade real da sociedade debater a agenda da água e saneamento, compreender como a tarifa é calculada e, sobretudo, ter acesso às informações e participar das definições a respeito dos investimentos feitos a partir dessa arrecadação”, diz Guilherme Checco, pesquisador do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS).

O Juntos pela Água fará cobertura do evento. Acompanhe!