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Na última semana, a cidade de Brasília, capital do País, decretou estado de emergência ambiental. O decreto dá aos responsáveis pela cidade mais autonomia e recursos para combater o crescente número de incêndios florestais que vem sendo registrados na região. Com a medida, o poder Executivo fica autorizado a licitar a contratação, em regime de emergência, de profissionais especializados no combate aos incêndios, e a comprar equipamentos necessários para fazer esse trabalho. Todas as contratações ficarão sob responsabilidade do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e o trabalho será acompanhado pela Secretaria do Meio Ambiente municipal. “Estamos buscando o melhor arranjo para não descumprirmos a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, disse a subsecretária de Serviços Ecossistêmicos da pasta, Nazaré Soares, à Agência Brasil.

Seca

A decretação de estado de emergência ambiental associada à seca não é uma novidade para Brasília. A cidade vive uma grave seca há, pelo menos, dois anos. O que surpreendeu em 2017 foi o quão antecipadamente essa decretação foi feita. A pressa se explica: o mês de abril deste ano foi o quinto mais seco dos últimos 56 anos. Nos 30 dias do mês, foram acumulados apenas 26,7 mm de chuva, sendo que a média, para o período, é de 124 mm. Ou seja, choveu 21,5%, ou apenas um quinto, do esperado. Pior: o mês de abril é o último mês da estação chuvosa em Brasília, que vai de outubro a abril. Entre de maio e setembro, a região vive a estação de seca, quando pouca ou nenhuma é esperada. Dado o cenário, o que se espera é a proliferação dos incêndios florestais.

Racionamento

Em setembro de 2016, cinco regiões administrativas do entorno de Brasília começaram a registrar falta de água. O corte não fazia parte de um esquema oficial de racionamento e era consequência da falta de água em pelo menos cinco córregos que atendiam a região. Cerca de 600 mil pessoas foram afetadas. Já a partir de 16 de janeiro de 2017, deu-se início, oficial, ao primeiro programa de racionamento de água da história do Distrito Federal. À época, as barragens de Descoberto e de Santa Maria operavam com 18,9% e 41,2% de suas capacidades, respectivamente.

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Inicialmente, o racionamento valia para imóveis abastecidos pela Descoberto e funcionou em ciclos de seis dias: um dia com interrupção total, dois dias de retorno paulatino da água, e três de dias de fornecimento normal. No sétimo dia, o ciclo recomeçava. O plano piloto de Brasília, não foi atingido por ser atendido pelo reservatório de Santa Maria.

Hoje, porém, os cortes se estenderam a praticamente todos os atendidos tanto pelo reservatório de Descoberto quanto pelo Santa Maria. Os “Planos de Rodízio de Água”, que detalham quando e quem sofrerá com corte de água nas diferentes regiões do Distrito Federal, são divulgados pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) pelo site da empresa. Confira.