SÃO PAULO – Os reservatórios que atendem as hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste fecharam outubro com o menor índice médio de armazenamento de água para o mês desde 2000: 17,71%. As informações são de levantamento conduzido pelo portal G1 com base em informações do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Se o recorte comparativo fosse ampliado para contemplar toda a série histórica dos índices acumulados pelo ONS nessas duas regiões, o mês de outubro de 2017 ocuparia a terceiro pior posição. O baixo índice pluviométrico, ou seja, a falta de chuvas, na região explica a queda.
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As regiões Sudeste e Centro-Oeste concentram algumas das hidrelétricas mais importantes do Brasil, que é fortemente dependente da água acumulada em reservatórios para gerar energia elétrica. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, em 2016, mais de 65% da matriz brasileira era de origem hidráulica.
Hidrelétricas, termelétricas e segurança energética
Com a queda no nível dos reservatórios que atendem as hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, não está descartado o acionamento das usinas termelétricas, que geram energia elétrica por meio da queima de gás natural e de outros combustíveis, frequentemente não-renováveis. A opção pelas termelétricas significaria o aumento no valor da tarifa de energia elétrica. Semanalmente, o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) se reúne para definir se deve ou não acionar as termelétricas – até a última reunião, realizada no dia 9 de novembro, a decisão era pelo não acionamento das termelétricas.