SÃO PAULO – O Acordo de Paris estabeleceu, como meta, a redução na emissão de gases de efeito estufa com objetivo de limitar o aquecimento global a 2 graus centígrados. Novos estudo, porém, mostram que, ainda que todas as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris sejam, de fato, cumpridas, as chances são de que a temperatura média global se eleve em 3 graus centígrados até o final do próximo século.
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Mas que diferença um grau centígrado pode fazer? Muita, segundo um novo estudo publicado no periódico científico Science Advances. Confira uma pequena amostra do que muda quando a temperatura média mundial sobe apenas um grau centígrado a mais em um século (de 1 a 2 graus para 2 a 3 graus centígrados).
Temperaturas médias noturnas
Com temperaturas 1 a 2 graus centígrados acima da média pré-industrial, triplicam as chances de ultrapassarmos, no próximo século, o recorde de temperaturas médias noturnas em 38% do continente europeu. Se esse valor salta para 2 a 3 graus, a chance passa a ser cinco vezes maior para 50% do continente. E as repercussões para essa alteração climática são mundiais.
Duração de estiagens
A duração dos períodos de estiagem pelo mundo aumenta apenas marginalmente com o acréscimo de 1 a 2 graus centígrados na temperatura média mundial. Com o aumento de 2 a 3 graus centígrados, além do aumento marginal pelo mundo, em 3% da América do Norte e 13% da América do Sul – onde está o Brasil – triplicam as chances de períodos mais longos de estiagem.
Chuvas torrenciais
Quando o assunto é chuva torrencial, o Leste Asiático sofre mais. Segundo estimativas, com a alta de 1 a 2 graus, triplicam as chances de dias de umidade recorde em 8% da região. Quando essa alta passa a ser de 2 a 3 graus, o risco se expande para 31% da região.
Para entender melhor como foi feito o estudo e conhecer os resultados detalhadamente, acesse a íntegra do artigo “Unprecedented climate events: Historical changes, aspirational targets, and national commitments” (em inglês, gratuito).
