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Brasil: 72 milhões de pessoas não têm acesso à rede geral de esgoto

Esgoto a céu aberto em rua. Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil

Em todo território brasileiro, 72,4 milhões de pessoas residem em domicílios sem acesso à rede geral coletora de esgoto. De acordo com os dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo IBGE em 2018, não são mais de 66,3% dos domicílios brasileiros que têm acesso à rede de esgotos.

A região Sudeste apresenta o melhor índice, com 88,6% dos domicílios integrados à rede de escoamento de esgotos. Os menores índices foram registrados no Note (21,8%) e no Nordeste (44,6%); e o Centro-Oeste apresentou a mais rápida expansão da rede entre 2017 e 2018: de 52,5% para 55,6%.

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Cerca de 20 milhões de pessoas sem coleta de lixo

O acesso à coleta de lixo ainda é deficitário, mas está mais distribuído pelo país. Ainda segundo o PNAD, 20,1 milhões de brasileiros vivem sem o serviço. Do total de domicílios, 83% têm acesso à coleta direta do lixo, 8,1% fazem coleta via caçamba e 8,9% dão destinações diversas – algumas irregulares – ao lixo, como queimá-lo ou depositá-lo em locais proibidos. As regiões Nordeste (com 10,5 milhões de moradores) e Norte (3,8 milhões) são as que menos há oferta do serviço à população.

Mais de 9 milhões de domicílios sem rede geral de água

No país, são 69,3 milhões de domicílios com água canalizada. Deste total, 85,8% tem como fonte principal a rede geral de distribuição hídrica – ou seja, aproximadamente 9,5 milhões estão fora da área de abrangência. A região Norte apresenta a menor proporção de domicílios abastecidos com a rede geral (58,9%) e a região Nordeste, o menor percentual de domicílios com disponibilidade diária de água (69,1%).

Mais números da PNAD Contínua 2018

Entre as conclusões da pesquisa, está a confirmação de que a população brasileira cresceu 5,1% entre 2012 e 2018 – puxada pelo aumento populacional dos estados de Roraima (20,3%), Amapá (13,9%) e Amazonas (10,8%). Já a população mais jovem, de 0 a 13 anos, diminuiu: era de 20,9% em 2012 e em 2018 foi de 18,6%.

Considerando somente o ano-base de 2018, a quantidade de domicílios teve acréscimo de 2,2% – de 69,5 milhões para 71 milhões. Deste total, 86% são casas.

Conheça mais números e conclusões do PNAD Contínua 2018 aqui.

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