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SÃO PAULO – O governo do Distrito Federal anunciou que, a partir de 15 de junho, termina o racionamento de água no Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), após o reservatório do Descoberto ter ultrapassado 90% da sua capacidade.

No anúncio, o governador destacou a participação da população, que reduziu o consumo em 12% a13%, no enfrentamento da crise. Para o governador, a redução e o consumo mais consciente do recurso ficam como “grande legado” da crise.

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Segundo a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), a decisão pelo fim do racionamento foi definida “com base em estudos técnicos, que garantam a segurança hídrica e o conforto da população, e ouvido especialistas na área”. A agência ressaltou, ainda a importância de a população “manter as boas práticas de uso racional e econômico da água durante o período de seca que se inicia”.

Histórico do racionamento

Em fevereiro de 2017, o Distrito Federal decretou pela primeira vez em sua história o racionamento de água. A crise hídrica chegou a um de seus pontos mais críticos no fim de janeiro com o racionamento atingindo 14 regiões do DF. A medida impactou pelo menos 1,8 milhão de pessoas.

A Adasa e a Companhia de Saneamento Básico do DF (Caesb) adotaram a medida tendo em vista o nível do reservatório da Barragem do Descoberto, abaixo de 20%, e o baixo índice de chuvas de então.

De fato choveu menos nos meses antes da decretação do racionamento. Historicamente, o volume de chuvas de setembro a dezembro na Bacia do Alto do Descoberto é de 669 milímetros. Porém, no mesmo período de 2016, esse número não ultrapassou os 520 milímetros. Outro forte agravante foi ter chovido pouquíssimo nos primeiros nove dias de janeiro de 2017, apenas 2,27% da média histórica para o mês que é de 240 milímetros.

Houve ainda aumento de consumo, 16% per capita nos últimos seis anos. Somado a pouca chuva e o aumento de consumo, há ainda o baixo investimento em obras estruturantes, principalmente as voltadas para novas captações de água.

Com Agência Brasil