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SÃO PAULO – Um novo estudo publicado pela Nature Geoscience aponta que cristais de rocha vulcânica lunares que guardam água em sua composição são bem mais frequentes no satélite terrestre do que se imaginava. Isso significa que volumes até então inimagináveis de água subterrânea estariam a disposição de exploradores da Lua. Segundo as novas estimativas, a cada 8,5 metros cúbicos de rocha lunar, há um litro de água pronta para ser minada que ainda precisam ser desenvolvidas. A partir da água, os exploradores poderão produzir oxigênio para respiração e hidrogênio como combustível. Hoje, o transporte de combustível e outros insumos fundamentais à vida encarecem e, em alguns casos até inviabilizam, iniciativas de exploração espacial. “Estamos falando de depósitos de milhares de quilômetros quadrados”, diz o geologista planetário Ralph Milliken, um dos responsáveis pelo estudo.

O caminho até o estudo recém-apresentado começou com as missões Apollo 15 e 17, sob tutela da Agência Espacial Americana (NASA), que levaram seres humanos à Lua em 1971 e 1972, respectivamente. Na época, foram recolhidas amostras da superfície lunar que continham os tais cristais de rochas vulcânicas que guardam água em sua composição. Sabe-se da existência desses cristais desde então. O que não se sabia era se esses cristais estavam presentes em todo território lunar ou se eram uma exclusividade da região onde pousaram as missões 15 e 17 do programa Apollo.

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Com imagens mais detalhadas da superfície lunar feitas por satélites de última geração que hoje orbitam o astro, os pesquisadores da equipe de Milliken conseguiram provar que os cristais estão, sim, presentes sob a superfície de boa parte da Lua – e não só onde as missões Apollo 15 e 17 pousaram. Com isso, foi possível extrapolar o que se sabe dos pequenos cristais trazidos para a Terra na década de 1970 e concluir que há muita água no satélite. Ainda será preciso criar uma tecnologia para tirar a água desses cristais de forma eficiente, mas a descoberta já é vista com otimismo por agências e pela a indústria espacial.

De onde veio a água do nosso planeta?

Você sabe de onde vem a água dos mares e dos rios? A água que umedece o ar e que está presa nas geleiras? A água da chuva que abastece as nascentes e enche os reservatórios? A água que é distribuída para casas, que mata a sede e que corresponde a 60% do peso do corpo humano? Essa dúvida não é recente e muitos se dedicaram a respondê-la. Hoje, duas teorias se destacam entre as muitas que já surgiram. Há quem seja defensor ferrenho de uma, e há quem argumente que ambas são válidas. Veja o que diz cada uma e descubra o que hoje a ciência trata como explicação mais plausível da origem desta molécula fundamental à vida na matéria “De onde veio a água do nosso planeta?”.

Leia a íntegra (em inglês, gratuitamente) do estudo intitulado “Remote detection of widespread indigenous water in lunar pyroclastic deposits”, disponível no site da Nature Geoscience.