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SÃO PAULO – Cerca de 54 mil imóveis no município de São Paulo lançam esgoto sem tratamento em córregos e fossas pela cidade mesmo tendo acesso à rede de esgoto. Os dados são da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e foram obtidos pelo portal de notícias G1 na última semana. Isso significa que cerca de 1,4 milhão de litros de esgoto irregular que poderiam ser descartados de forma regular acabam em córregos e fossas da cidade todos os meses, poluindo o meio ambiente e contribuindo para a disseminação das graves doenças associadas à falta de saneamento.

Imóveis que dispõem de infraestrutura de saneamento no logradouro, mas que não se ligam à rede – uma obra que é de responsabilidade do proprietário – são chamados de “factíveis” pela empresa de saneamento. Em todo Estado de São Paulo, são cerca de 180 mil desses imóveis enquanto na região metropolitana, que inclui os 54 mil registros da Capital, são 130 mil. Quem não se liga à rede de esgoto quando ela está disponível está sujeito a uma multa de R$ 500 mensais, cobrada após vistoria para constatar a ausência da ligação e o vencimento de prazo de 30 dias, dado pela empresa de saneamento para que o cliente regularize sua situação.

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De maneira geral, as razões que levam clientes a não se ligarem à rede de esgoto são desconhecimento – principalmente em imóveis alugados – e economia, já que a ligação implica em um custo mensal que costuma dobrar o valor da conta, que só cobra o serviço de distribuição de água tratada.

Discrepâncias regionais

Os dados obtidos pelo G1 mostram que algumas regiões têm mais imóveis factíveis que outros. As três regiões com mais registros desse tipo de residência desligada do sistema de esgoto mesmo quando a infraestrutura está disponível são Pirajussara, Pirituba e Butantã. As com menos imóveis factíveis são Jardins, Sé e Moóca.

Confira a tabela na íntegra na matéria publicada pelo G1.