SÃO PAULO – O ano de 2017 deve terminar com uma alta de 2% na emissão de CO2, um dos principais gases do efeito estufa. Isso significa que o planeta deve fechar o ano com 420 milhões de toneladas métricas de gás carbônico a mais na atmosfera, quando comparado a 2016 – totalizando incríveis 41 bilhões de toneladas métricas de gás carbônico lançadas globalmente. A informação é da organização não governamental Global Carbon Project e foi divulgada durante a 23ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 23), que aconteceu entre os dias 6 e 17 de novembro em Bonn, na Alemanha. É a primeira vez que se registra uma alta dessa magnitude nos últimos três anos.
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Dessas 41 bilhões de toneladas métricas lançadas na atmosfera, 31 bilhões foram produzidas pela indústria e pela queima de combustíveis fósseis. Só a China, a segunda maior economia do planeta e líder na emissão de gás carbônico, aumentou a emissão do composto em 3,5%. Já a Índia, também um país em desenvolvimento como a China,, ampliou as emissões em 2%. Europa e Estados Unidos, por sua vez, que reunem uma maioria de países desenvolvidos, reduziram suas emissões em cerca 0,2% e 0,4%, respectivamente.
Nesse ritmo, segundo os especialistas, será muito difícil limitar o aquecimento global aos 2ºC, meta estabelecida por praticamente todos os acordos que visam mitigar, de forma realista, o aquecimento global e seus efeitos. É sabido que o aquecimento global aumenta, de maneira importante, a frequência e a intensidade dos eventos climáticos extremos, que por sua vez tem impacto direto no funcionamento da infraestrutura de saneamento. Confira texto, vídeo, infográfico, foto e motion graphics produzidos pelo Juntos Pela Água que detalham a relação entre mudanças climáticas e saneamento.