SÃO PAULO – Quando a crise hídrica no Sudeste, em especial no Estado de São Paulo, foi dada como encerrada, em março de 2016, não foram poucos os especialistas que vieram a público alertar para que a população mantivesse hábitos de consumo de água mais econômicos. Afinal, a recuperação total dos mananciais que atendem a região demoraria anos. Pois no começo de 2018, o sistema Cantareira, que atende 5,7 milhões de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo, dá sinais de que os avisos deviam ter sido ouvidos com mais atenção – ou por mais pessoas.
Confira, diariamente, a situação dos mananciais da Sabesp
Tradicionalmente, nos meses de primavera e, principalmente, durante o verão, são esperadas chuvas fortes o suficiente para reabastecer os principais mananciais que atendem a cidade. Desde outubro de 2017, porém, as chuvas nesses mananciais em especial têm ficado cerca de 20% abaixo da média histórica registrada nos últimos anos, segundo levantamento da Folha de S.Paulo.
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Com isso, o principal manancial da região – o sistema Cantareira – chegou a bater 41,6% de sua capacidade – considerado “Estado de Alerta”, no começo de 2018. Se o índice cai abaixo dos 40%, o manancial entra em “Estado de Atenção” e a captação, hoje em 31 mil litros por segundo já que o índice está entre 40%-60%, cai para 27 mil litros por segundo. Hoje, o índice do manancial está em 50,7%, exatos 9,9 pontos percentuais abaixo do índice registrado no mesmo mês e dia de 2017.
O que diz a Sabesp
Segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo), não há razão para preocupações. Para a empresa, o índice ainda está dentro do tolerável e novas obras na Grande São Paulo dão renovada segurança e eficiência ao sistema. Ainda de acordo com a companhia, a cidade conta com a colaboração dos cidadãos, que mantiveram, depois do fim da crise, hábitos de consumo 15% mais econômicos que os índices pré-crise.